Fiquei pensando neste verso de "Declare Guerra" da dupla Frejat/Cazuza (aliás,nossa versão brasileiríssima da escandalosa - pra ficar por aqui - parceria Richards/Jagger)e concluí que ele já faz parte de uma sensibilidade que não cabe neste nosso mundo falaciosamente plural. A rebeldia repleta de vontades transformadoras era ainda exprimível num bom rock'n roll tupiniquim. Os anos 90 enterraram tudo isso. Pra expressar indignação hoje em dia é preciso usar a sintaxe da marginália amotinada; senão é algo anacrônico ou sem repercussão estética e política. E pensar que até pouco tempo atrás ainda havia música... A burguesia ainda permitia em seu círculo a existência incômoda, porém sempre poética dos chamados desajustados. "Agora não é normal, o que dá de malandro, regular, profissional (...)".
E se o incômodo virasse atrativo, tanto melhor para o círculo. O problema é que surgiram formas mais rápidas e seguras de ganhar dinheiro. Na selva, hábeis são aqueles que trocam de roupa mais rápido.
risos. muito bom! a falsa consciência da nossa classe média ilsutrada pratica a curiosa crença na sua própria condição lotérica de poder ser sempre uma exceção à regra do colaboracionismo. mas nem os anões do orçamento poderiam comprar tantos bilhetes premiados para lavar no acaso da boa sorte alheia uma água tão podre das suas pequenas imundícies mundanas. mas confesso, com um sorriso pudico, que acho isso tudo além de patético, bastante engraçado... também sou contra essa coisa de passar a mão na cabeça, tem que passar a mão na bunda!
Fiquei pensando neste verso de "Declare Guerra" da dupla Frejat/Cazuza (aliás,nossa versão brasileiríssima da escandalosa - pra ficar por aqui - parceria Richards/Jagger)e concluí que ele já faz parte de uma sensibilidade que não cabe neste nosso mundo falaciosamente plural.
ResponderExcluirA rebeldia repleta de vontades transformadoras era ainda exprimível num bom rock'n roll tupiniquim. Os anos 90 enterraram tudo isso. Pra expressar indignação hoje em dia é preciso usar a sintaxe da marginália amotinada; senão é algo anacrônico ou sem repercussão estética e política.
E pensar que até pouco tempo atrás ainda havia música... A burguesia ainda permitia em seu círculo a existência incômoda, porém sempre poética dos chamados desajustados. "Agora não é normal, o que dá de malandro, regular, profissional (...)".
E se o incômodo virasse atrativo, tanto melhor para o círculo. O problema é que surgiram formas mais rápidas e seguras de ganhar dinheiro. Na selva, hábeis são aqueles que trocam de roupa mais rápido.
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ResponderExcluirrisos. muito bom!
ResponderExcluira falsa consciência da nossa classe média ilsutrada pratica a curiosa crença na sua própria condição lotérica de poder ser sempre uma exceção à regra do colaboracionismo. mas nem os anões do orçamento poderiam comprar tantos bilhetes premiados para lavar no acaso da boa sorte alheia uma água tão podre das suas pequenas imundícies mundanas.
mas confesso, com um sorriso pudico, que acho isso tudo além de patético, bastante engraçado...
também sou contra essa coisa de passar a mão na cabeça, tem que passar a mão na bunda!
abração!