Parece que o ufanismo otário gosta de aparecer como maré no Brasil. Não quero dar uma de estraga-prazeres ou baixo astral, mas esse oba-oba incensado pelos meios de comunicação, e ecoado pela classe média sempre à venda, me dá um frio na barriga.
O Lula se arvora como senhor do tempo e dono da verdade. Quer por que quer dar continuidade à sua gestão paternalista em um terceiro mandato disfarçado, e dê-lhe submeter o povo a Dilmas e Paloccis da vida.
Dizem aos quatro cantos que nunca tivemos uma economia tão sólida e instituições tão democráticas... Mas, além do jogo deplorável decorrente daquilo que se acostumou chamar de coalizão governamental, é só abrir os olhos e ver ao redor que as obras e medidas necessárias continuam tão lentas e inexistentes quanto antes. Não adianta nos enganar com cifras astronômicas de onze dígitos ou siglas desenvolvimentistas que prometem o paraíso ao raiar do sol seguinte: segurança, educação, transporte e saúde de qualidade seguem como privilégios de uma casta cada vez mais deslumbrada e prepotente porque acha que galgou patamares sociais apenas em função de suas supostas luta e capacidade.
Querem aparelhar o estado inteiro e nos relegar à imbecilidade eletrônica prevista por distopias à la 1984 e Fahrenheit 451. Almejam (e estão conseguindo) transformar a Amazônia em pasto e campo de soja, dividindo o lucro entre a cúpula de grileiros protegidos pelo sistema corrupto e beneplácito de um Judiciário covarde e subserviente.
Onde estão a educação e a pesquisa de excelência? O que se fez nesses últimos quinze anos senão diluir o conhecimento já esquálido entre uma população muito mais despreparada caso não houvesse ocorrido qualquer "processo civilizatório"? E as dissertações e teses de doutorado, vêm melhorando em qualidade? Respondam-me, se estiverem dispostos, o MEC e a CAPES...
Acho triste e revoltante um país que se engana estar crescendo sem nem ao menos propor qualquer reforma estrutural.
Mas - quem sabe ? - de ilusão em ilusão ainda construímos uma identidade confiante. Entretanto, ressoa no vazio a inevitável questão: confiança pra quê?
E a Globo hein? Insuflando o ego brasileiro tal como nos anos 70... O Bonner é o Cid Moreira dos anos 2000. Só que ele é ainda mais falsamente simpático do que o velho Cid. Aquela esfinge branca fingia neutralidade. O rapaz de franja grisalha, ao contrário, finge ter espírito crítico.
ResponderExcluirCada época tem a Globo e a mentira que merecem.
estou é otimista com o dedinho da dilma...
ResponderExcluirrisos mil!!!!
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