O espírito do tempo está na rua,
na conversa da mesa ao lado,
na frase que uiva com o vento,
na memória que o presente cria de outros tempos,
assim como a recusa da época em que vivemos.
O espírito do tempo se multiplica e também é uno.
Está nas frases pouco ouvidas.
Nos textos que nunca serão escritos.
Nas vidas sempre possíveis.
O espírito do tempo é um jeito de pongar o bonde.
De afirmar convictamente a utopia e a ficção.
Como acender um fósforo e olhar pra lua do mesmo modo que sempre se olhou.
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