sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Retrato da avó do homem quando jovem


No ano que ficou pra trás apenas ontem, se deu uma descoberta digna de nota. O mais antigo primata ancestral da espécie humana era bastante parecido com esta figura aí acima. Atende pelo nome de Ardipithecus ramidus, mas também aceita o apelido carinhoso de Ardi. Idade? Aproximadamente 4,4 milhões de anos...
A moça é 1 milhão de anos mais idosa do que a nossa até então mais remota avó, Lucy. Seu fóssil fora descoberto em 1973 enquanto os arqueólogos ouviam Lucy in the sky with diamonds dos Beatles.
Parece que a ordem dos primatas é mais velha do que até há pouco se pensava. Resta saber o quanto ainda temos de tempo pela frente. Humanos, lêmures ou macacos...

Um comentário:

  1. Notícia interessante publicada hoje:

    DNA faz "censo populacional" mais antigo
    Estudo do genoma mostra que população humana efetiva há 1,2 milhão de anos era de 18.500 indivíduos

    NICHOLAS WADE
    DO "NEW YORK TIMES"

    Analisando o DNA completo de apenas dois indivíduos, geneticistas calcularam o tamanho da população humana há 1,2 milhão de anos, da qual todas as pessoas no mundo descendem. Eles estimaram o número em 18.500, mas isso se refere apenas àqueles em condição de reprodução, a população "efetiva". A população real pode ter sido cerca de três vezes maior, ou de até 55.500.
    Estimativas similares para outros primatas da época correspondem a 21 mil chimpanzés e 25 mil gorilas. Em termos biológicos, ao que parece, os humanos não eram uma espécie tão soberana na África, e a estratégia evolutiva de investir em cérebros maiores do que os colegas primatas ainda não trazia grande recompensa. A população humana só atingiu níveis altos após o advento da agricultura, muito mais tarde.
    Geneticistas há muito tempo sabem que ancestrais dos humanos modernos correspondiam a apenas 10 mil indivíduos, que viveram em alguma época nos últimos 100 mil anos. O número extremamente baixo sugere que alguma catástrofe -como doença ou mudança climática induzida por um vulcão- tenha levado os humanos à beira da extinção.
    No entanto, se a nova estimativa estiver correta, o tamanho da população humana tem sido pequeno e razoavelmente constante ao longo da maior parte dos últimos milhões de anos, excluindo-se a necessidade de buscar uma catástrofe como justificativa. A nova estimativa, calculada por geneticistas populacionais da Universidade de Utah liderados por Chad Huff e Lynn Jorde, sugere isso.
    A população humana de um milhão de anos atrás era representada por espécies arcaicas, como o Homo ergaster, na África, e o Homo erectus, no leste da Ásia. Os cientistas dizem que sua estimativa de 18.500 indivíduos habitando a Terra é "uma população estranhamente pequena para uma espécie distribuída por todo o Velho Mundo", o que é incomum.
    No entanto, a estimativa dos cientistas de Utah só se aplica à população mundial de humanos se tiver havido cruzamento entre membros das populações nos diferentes continentes.
    Caso contrário -se os humanos modernos são descendentes de apenas uma dessas populações, como o Homo ergaster da África- então a estimativa se aplicaria apenas à população isolada da qual descendemos. Richard Klein, paleoantropólogo da Universidade de Stanford, disse ser difícil acreditar que a população ancestral dos humanos modernos fosse tão pequena quanto 18.500 pessoas, "a não ser que eles estivessem geograficamente restritos à África ou a uma pequena parte do continente".

    Tradução de GABRIELA D'AVILA

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