domingo, 30 de outubro de 2011
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
cronicamente incorreto
Aos que acusam a memória de assassina da ação contemporânea: como há de ser possível o agora sem aquilo que o precedeu? Viva o reviver!
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
o gosto do dia
Cada dia há de ter um gosto na vida da gente.
Ontem senti o sabor do vento e da primavera a conversar comigo.
Hoje me ficou a falta de sorriso no rosto das pessoas.
Ontem senti o sabor do vento e da primavera a conversar comigo.
Hoje me ficou a falta de sorriso no rosto das pessoas.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
sábado, 24 de setembro de 2011
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Lucrécio
" (...) aprenderam com ele e silenciaram sobre sua obra, modo astucioso de exclusão praticado nos meios intelectuais de sempre".
Maria Sylvia de Carvalho Franco
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
sábado, 27 de agosto de 2011
agostos
Agosto é um mês que desde criança me fez parar pra pensar no tempo: no ano já vivido e em seus últimos meses que se anunciam adiante. Promessa e memória misturados com um pitada de angústia e outra de redenção. Agostos de antigos finais de tarde em que no percurso, sozinho, de volta para casa, compreendia o dia passado e me preparava pra grande noite liberta, me aguardando, logo ali, na outra esquina.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
sábado, 30 de julho de 2011
gravetos sob as tremonhas da antiga usina
Montagem dos gravetos na entrada frontal da Usina do Gasômetro. Os gravetos como que saem das tremonhas desativadas e se expandem pelo espelho d'água hoje vazio.
sábado, 23 de julho de 2011
sexta-feira, 22 de julho de 2011
domingo, 17 de julho de 2011
terça-feira, 12 de julho de 2011
quarta-feira, 6 de julho de 2011
a ciência rigorosa dos seres etéreos
Diz-se que em algum confim do universo existiu um planeta habitado por fantasmas que, não obstante a própria condição etérea, acreditavam apenas em explicações tidas como rigorosas enquanto forma de comprovação da realidade na qual eles viviam.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
quarta-feira, 29 de junho de 2011
táticas para a tranquilidade
Aquilo que nos irrita também pode ser uma simples questão de ponto de vista.
sábado, 25 de junho de 2011
sábado, 18 de junho de 2011
terça-feira, 14 de junho de 2011
Tardinho Velho (2)
Depois de um bom tempo, Tardinho Velho me ligou perguntando se eu não queria tomar uma cervejinha com ele. Papo vai, papo vem, ele me sai com esta: "- é uma sacanagem muito grande ter que justificar concreta e procedimentalmente toda tentativa de refundação ética e social. Oferecemos uma alternativa no meio do deserto e ainda temos que explicar no meio desse mesmo deserto de alternativas porque a oferta sugerida é melhor do que o nada! O vazio nunca teve as costas tão quentes quanto hoje em dia..."
almas rejuvenescidas
Que pra viver e reviver a vida de verdade, é preciso saber evitar um certo cotidiano triste e burro.
domingo, 12 de junho de 2011
certeza óbvia
Não é o dinheiro que explica o mundo ou o homem. E sim as conexões sociais. Se a pecúnia valesse tanto assim, por que precisaríamos, ainda e então, estabelecer vínculos? O ganho financeiro não pode ser o horizonte limítrofe. Mas o afeto e o reconhecimento social. As pessoas querem ser reconhecidas e ponto final. O dinheiro é apenas o meio absolutizado, por excelência, de nossa sociedade típica por confundir os meros e necessários instrumentos enquanto últimos fins.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
a verborragia antidantesca da literatura moderna
O romance do nosso tempo segue com ostensiva prolixidade os processos mentais; Dante faz que sejam vislumbrados numa intenção ou num gesto.
J.L.Borges - Nove Ensaios Dantescos
quinta-feira, 9 de junho de 2011
quinta-feira, 2 de junho de 2011
terça-feira, 31 de maio de 2011
espírito do tempo
O espírito do tempo está na rua,
na conversa da mesa ao lado,
na frase que uiva com o vento,
na memória que o presente cria de outros tempos,
assim como a recusa da época em que vivemos.
O espírito do tempo se multiplica e também é uno.
Está nas frases pouco ouvidas.
Nos textos que nunca serão escritos.
Nas vidas sempre possíveis.
O espírito do tempo é um jeito de pongar o bonde.
De afirmar convictamente a utopia e a ficção.
Como acender um fósforo e olhar pra lua do mesmo modo que sempre se olhou.
na conversa da mesa ao lado,
na frase que uiva com o vento,
na memória que o presente cria de outros tempos,
assim como a recusa da época em que vivemos.
O espírito do tempo se multiplica e também é uno.
Está nas frases pouco ouvidas.
Nos textos que nunca serão escritos.
Nas vidas sempre possíveis.
O espírito do tempo é um jeito de pongar o bonde.
De afirmar convictamente a utopia e a ficção.
Como acender um fósforo e olhar pra lua do mesmo modo que sempre se olhou.
terça-feira, 24 de maio de 2011
a crítica cultural diluída na lógica da frivolidade
Gostei bastante deste texto de Daniel Piza sobre a decadência da crítica cultural e a sua substituição progressiva por um colunismo social adulador e enviesado.
terça-feira, 17 de maio de 2011
O(s) banho(s) no(s) rio(s) de Heráclito
Tantas novas e simultâneas perpectivas que se sobrepõem, que é difícil alguém reclamar de monotonia nos dias que (desde sempre) corre(ra)m. O olhar do motorista de ônibus já não é o mesmo da semana passada. Tampouco o tom da voz de um velho conhecido ao telefone. E fotos antigas da gente não deixam dúvidas do quão diferentes nos tornamos em relação a nós mesmos em comparação às diversas passagens da nossa vida. Ninguém nunca há de se banhar duas vezes no mesmo rio.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
sábado, 7 de maio de 2011
quinta-feira, 5 de maio de 2011
subversão da vista
Passagem do cometa de Halley. A subversão da vista. A primeira ideia do cosmo.
Murilo Mendes
Murilo Mendes
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Lennon & McCartney
Seja dentro dos Beatles ou ao longo das respectivas carreiras solo, nas melhores músicas de Lennon sempre há algo de Paul. Assim como as clássicas de McCartney (incontestáveis ou não) reverberam a influência de John. Sob o ponto de vista da inspiração e do trabalho de feitura das canções, a dupla criativa nunca acabaria por se desfazer. Nem mesmo depois de terem anunciado que o sonho havia chegado ao fim.
domingo, 24 de abril de 2011
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Bola de Platão para Sócrates
O interlocutor moderno engana-se ao esquecer que é o leitor do diálogo e não o interlocutor de Sócrates. Pois, se com frequência Sócrates zomba do seu interlocutor, Platão nunca zomba de seus leitores.
terça-feira, 5 de abril de 2011
coisas que eu fazia (4)
Da sacada do apartamento 33, na Independência, olhar para o céu estrelado numa noite de verão.
domingo, 3 de abril de 2011
quinta-feira, 31 de março de 2011
março findo
Março sempre foi o mês mais longo do ano pra mim, mas desta vez o fevereiro descarnavalizado se demorou como nunca para passar.
A Líbia bombardeada e a despedida dos quase octagenários José Alencar e Elizabeth Taylor. O ano assume a sua fluência própria apenas em abril
A Líbia bombardeada e a despedida dos quase octagenários José Alencar e Elizabeth Taylor. O ano assume a sua fluência própria apenas em abril
Manuel Bandeira e o fardão da academia
Eu tinha mais contra a Academia duas ojerizas. Uma, mencionada por Couto, a do fardão; outra, a de sua divisa. Ouro, louro, imortalidade me horrorizavam. Comuniquei as minhas perplexidades a um amigo que é o bom-senso em pessoa. Ele tranquilizou-me quanto ao fardão, dizendo-me: "Será o vexame de uma noite. Eu também não tive de vestir calça listrada e fraque para me casar, e não me saí muito mal?"
Itinerário de Pasárgada
domingo, 27 de março de 2011
o que se entende como humano
(a partir do filme 1984 e de uma conversa com o Antônio Augusto)
A humanidade, com todas as suas perversidades e possíveis contradições, ainda estará viva enquanto houver simpatia e invenção, Mas sobretudo simpatia.
A humanidade, com todas as suas perversidades e possíveis contradições, ainda estará viva enquanto houver simpatia e invenção, Mas sobretudo simpatia.
quinta-feira, 17 de março de 2011
terça-feira, 15 de março de 2011
fechando o verão
É outra estação. Depois das chuvas, desde ontem a temperatura do vento e a luz do céu não são mais de verão. Atrás do morro, o sol já se põe em diagonal à janela do meu quarto. E há árvores, cujo nome desconheço, que dão flores amarelas pelas matas da cidade. Promessa de dias aprazíveis pela frente.
segunda-feira, 7 de março de 2011
itinerário de pasárgada
Há poemas perfeitos, não há poetas perfeitos. Mas nos melhores poetas, certos versos defeituosos passam muita vez despercebidos.
Manuel Bandeira - Itinerário de Pasárgada
sábado, 26 de fevereiro de 2011
lost in translation
A pergunta do dia é:
há algo na consciência ou no mundo que não possa ou não deva ser comunicado?
há algo na consciência ou no mundo que não possa ou não deva ser comunicado?
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
sábado, 19 de fevereiro de 2011
sem prévias prescrições
o legal da vida é que ela nunca nos determina se devemos nos calar ou falar do que jeito que for
sábado, 12 de fevereiro de 2011
lucy in the sky with diamonds
estado ladrão
Vivemos numa sociedade em que o governo nos leva quase 40% do que ganhamos e nos obriga a gastar mais 40%, no mínimo, em serviços que, considerando tal carga tributária, deveria prover – ao menos para a grande maioria da população – muito mais e melhor, como saúde, justiça, educação e segurança.
Daniel Piza
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
sábado, 5 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
guia dos botecos cariocas
Rápida entrevista com o autor do livro "Rio Botequim", Guilherme Studart. O tema, com certeza, é infinito! Vale como uma palinha para uma boa conversa em local apropriado...
sábado, 22 de janeiro de 2011
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
fluidez das coisas
Podemos nos acalmar (ou conformar) diante da constatação de que nunca chegaremos ao fundo do que quer que seja:
o fundo do poço;
o fundo das múltiplas possibilidades trazidas pelas conversas;
do profundo mistério da realidade que nos cerca...
o fundo do poço;
o fundo das múltiplas possibilidades trazidas pelas conversas;
do profundo mistério da realidade que nos cerca...
A vida flui mesmo é na superfície.
Ainda assim, sem mergulho não se pode saber de nada.
Ainda assim, sem mergulho não se pode saber de nada.
domingo, 9 de janeiro de 2011
histórias infames
"Cheguei à conclusão de que Albert Einstein não seria pesquisador 1A do CNPq, porque não preenche todos os pré-requisitos - número de orientandos de mestrado, de doutorado... Se Einstein não poderia estar no topo, há algo errado. Até agora, ninguém teve coragem de enfrentar o establishment da ciência brasileira"
Miguel Ângelo Laporta Nicolelis - neurocientista brasileiro, pioneiro nos estudos sobre interface cérebro-máquina.
A íntegra da entrevista foi publicada no Estado de São Paulo deste domingo, 09/01/11
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