O espírito do tempo está na rua,
na conversa da mesa ao lado,
na frase que uiva com o vento,
na memória que o presente cria de outros tempos,
assim como a recusa da época em que vivemos.
O espírito do tempo se multiplica e também é uno.
Está nas frases pouco ouvidas.
Nos textos que nunca serão escritos.
Nas vidas sempre possíveis.
O espírito do tempo é um jeito de pongar o bonde.
De afirmar convictamente a utopia e a ficção.
Como acender um fósforo e olhar pra lua do mesmo modo que sempre se olhou.
terça-feira, 31 de maio de 2011
terça-feira, 24 de maio de 2011
a crítica cultural diluída na lógica da frivolidade
Gostei bastante deste texto de Daniel Piza sobre a decadência da crítica cultural e a sua substituição progressiva por um colunismo social adulador e enviesado.
terça-feira, 17 de maio de 2011
O(s) banho(s) no(s) rio(s) de Heráclito
Tantas novas e simultâneas perpectivas que se sobrepõem, que é difícil alguém reclamar de monotonia nos dias que (desde sempre) corre(ra)m. O olhar do motorista de ônibus já não é o mesmo da semana passada. Tampouco o tom da voz de um velho conhecido ao telefone. E fotos antigas da gente não deixam dúvidas do quão diferentes nos tornamos em relação a nós mesmos em comparação às diversas passagens da nossa vida. Ninguém nunca há de se banhar duas vezes no mesmo rio.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
sábado, 7 de maio de 2011
quinta-feira, 5 de maio de 2011
subversão da vista
Passagem do cometa de Halley. A subversão da vista. A primeira ideia do cosmo.
Murilo Mendes
Murilo Mendes
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Lennon & McCartney
Seja dentro dos Beatles ou ao longo das respectivas carreiras solo, nas melhores músicas de Lennon sempre há algo de Paul. Assim como as clássicas de McCartney (incontestáveis ou não) reverberam a influência de John. Sob o ponto de vista da inspiração e do trabalho de feitura das canções, a dupla criativa nunca acabaria por se desfazer. Nem mesmo depois de terem anunciado que o sonho havia chegado ao fim.
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