segunda-feira, 28 de junho de 2010

Tardinho Velho

Hoje à tarde tomei um café com meu amigo Tardinho Velho.
Conversamos sobre vários assuntos da forma mais amena possível. Mas quando eu propus a questão da nostalgia como força vital de uma trajetória humana, sua expressão mudou e me veio com esta:
- Não me importa a saúde suposta de uma visão de mundo. Às favas os otimistas utilitários. Eu quero mesmo é dizer que a nossa época é um grande embuste! Saudades dos tempos que não vivi! Gostaria de ter nascido em outro século. Qualquer época em que não houvesse carros e celulares pra mim já seria um grande lucro.
Respondi, então:
- Sejamos nostálgicos de um futuro desejado!
Ele gostou do que eu disse e pediu mais uma Brahma. O café tinha sido só pras preliminares.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Fazendo uma cozinha


levar a termo

coisa boa conversar sem restrição alguma... e há vezes em que ir mais fundo é saber a hora de evitar o mergulho...

sábado, 19 de junho de 2010

brincadeiras

liberdade pra jogar com o que a vida trouxer

domingo, 13 de junho de 2010

ruídos do apartamento 33

Assim que eu comecei a ficar sozinho em casa, no início das tardes, logo depois do almoço, quando meus pais e irmão partiam, cada um, para os seus cotidianos, lembro-me do susto que eu levava com os pequenos estalos e ruídos do apartamento  acima do nosso. Mas bem podiam ser barulhos vindos, talvez, de lugar algum. Tentava driblar o medo pensando em coisas banais, porém chegava um momento em que a única saída era fugir de casa o mais rápido possível. Só a suposta normalidade da rua pra me fazer duvidar do insólito então tão óbvio às minhas impressões.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

longa vida


Jeanne Calment aos 20 anos, em 1895. Esta francesa é o ser humano mais longevo de quem se tem certeza e notícia. Viveu 122 anos, 5 meses e 14 dias, entre 1875 e 1997. Fumou até os 117 e só parou porque já não enxergava o bastante para acender o cigarro.
Atualmente, a pessoa mais velha do mundo (decana da humanidade) também é francesa. Se chama Eugènie Blanchard e tem 114 anos e cento e poucos dias...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

gabarito fosfórico

Estou lendo um livro do Paulo Mendes Campos: Os bares morrem numa quarta-feira. Na crônica que dá nome ao livro, entre outros boêmios ensandecidos, aparece um personagem que teria marcado época no bar frequentado pelo autor.  Diz ele que este homem profundamente persuasivo e obstinado,  um médico pernambucano chamado Eustáquio Duarte, conseguiu convencer o barman a estabelecer o novo padrão mais generoso da dose de whisky: a altura de uma caixa de fósforos colocada em pé ao lado do copo.

terça-feira, 1 de junho de 2010

antiacademia

Prefiro o amanhecer ao crepúsculo. O crepúsculo é muito acadêmico.
Vinícius de Moraes